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Memorial dos Abismos

by Pelos

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1.
Estragos sutis O que o traz passado? Por que se faz presente assim? O modo errado ao te enterrar? O que se traz por trás do véu? O seu semblante não mostrou Certos gestos são palavras no ar Eu peço a sombra Eu peço a sombra para não me assombrar Movido a sonhos surreais A minha mente repousou Em um lado oposto a tudo seu O que eu faço agora Com as promessas que você deixou Num canto escuro aos tratos de ninguém? Não se preocupe Um dia a gente sempre se consola e chora Sem histórias pra contar A falsa frente se desfigurou A falsa frente se desfigurou
2.
O Sonho dos Quartos Infinitos A chuva cai e então lhe faz pensar Num passado que lhe traz só dor Dizem que ela sempre vem Quando é hora de alguém partir Pro céu ou pro inferno E a dor foi tudo o que de fim restou Sem calor, sem cores E o todo que acreditava ter Se mostrou só ilusão Por que a infância morre e é normal? Como fosse só o crescer com os traços mudados Bem ou mal, não sei Minha infância já morreu Quem sabe os pés descalços não vão dizer Daqueles sonhos de riso e paz E em seu sinal O aceno final Vejo neons na cidade Glória aos mortos São eles que estão em paz Mas não verei seu sorriso Não mais Tão cedo que o medo sorri Tão certo que a estrela apagou Cercada por concreto e o sentimento frio se mostrou E o espelho é frio pra mim Me espera ver e sorrir Mas o que há do outro lado não é o que posso ver daqui Me dê um beijo final Me espera ver sempre sorrir Mas os sonhos ao seu lado se afogaram E quanto tempo vai durar esta dor?
3.
Deputamadre Blues Pelo dia em que então se curou As voz fria se pôs a chorar Era fim de janeiro ou abril Se não me lembro não vá se importar O barraco era todo feliz Pelo chão corriam a sorrir Um cão, um gato disputando um rato morto E pelo chão se podia ver A chuva que entrava Se levantou e sorriu Eram sinceros os seus sentimentos Vendo isso, então a noite se abriu A chuva cessou, assim como a dor Afinal, sofreu Não será pior Afinal, sofreu Não terá dor pior E ao final, sofreu E sorriu, e chorou, e agradeceu Por estarmos todos mortos Ela questionou o que há depois Se estaríamos juntos No que há depois Minha filha e o câncer E a ingratidão da vida então lhe fez morrer em sangue Há quanto tempo o tempo nos separou Na solidão crescente se afogou E mesmo sendo cedo demais Abriu a porta e disse adeus Afinal, sofreu Não será pior Afinal, sofreu Não terá dor pior E ao final, sofreu Silenciou Sua vida era pobre Mas podres não eram Os tesouros em mente Tumores transformam retratos Transportam relatos De tempos felizes À sombra da morte E nem mais um corte Sangrias são só pesadelos Então se despede Do barraco se despe De lona, tijolos e sonhos É!
4.
5.

about

“Memorial dos Abismos” é um EP com cinco faixas. A poesia rascunhada nas letras e a crueza de sentimentos expostos, em contato com a formação de três guitarras, define a identidade do trabalho. Todas as músicas foram produzidas por Fabrício Galvani no estúdio Casa Antiga. Foi lançado em Outubro de 2008.

credits

released October 10, 2008

Produção musical: Fabrício Galvani e Pelos
Design: Robert Frank

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Pelos Belo Horizonte, Brazil

Formada em 1999 a Pelos, originalmente batizada de “Pelos de Cachorro”, nasceu no Aglomerado da Serra, periferia de Belo Horizonte, e tornou-se um dos nomes de destaque do rock na capital mineira, reconhecidamente uma das cenas mais pulsantes do gênero em todo o país. ... more

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